sábado, 22 de agosto de 2009

Fique de olho no humor de seu animal doméstico

Quando o ativo Dinho, um pinscher de 12 anos, parou de brincar com os demais cães da casa, sua dona, Aline de Paula, de 22, estranhou. "Ele ficou amuado e se poupava até para fazer as necessidades fisiológicas: fazia rápido e voltava a ficar deitado", conta. As alterações de comportamento eram sinal de algo grave, que Aline só descobriu ao levar o animal de estimação a uma consulta veterinária: um câncer na boca.

O caso é emblemático. Mudanças comportamentais são comuns em animais com dor - confira no quadro abaixo. As dores crônicas são as maiores responsáveis, caso dos males ligados à idade, como câncer, hérnia de disco, artrose e nefropatia (a alteração da função dos rins).

"A expectativa de vida de gatos e cachorros cresceu e eles estão pagando o preço, com o aumento da incidência de doenças relacionadas à idade avançada", diz Karina Yazbek, veterinária certificada pela Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED). São considerados idosos os gatos com mais de 7 anos. Cães de pequeno porte se tornam senis aos 8 anos, e os de tamanho médio, aos 7. Já cachorros grandes envelhecem cedo, entre 5 e 6 anos. E vivem menos: aproximadamente 10 anos. Os outros têm expectativa de vida entre 13 e 20 anos. Gatos podem alcançar 15.

As dores dos nossos bichos

Caso seu animal doméstico apresente os sintomas a seguir, leve-o ao veterinário

  • Tristeza, apatia e prostração
  • Menor interação com o proprietário (ex: não o recebe no portão)
  • Redução de mobilidade
  • Diminuição do apetite
  • Automutilação (fustigando alguma parte do corpo, como a pata)
  • Ganidos e grunhidos (em caso de dor aguda, como a pós-operatória)
  • Agressividade ou timidez (sinais opostos para expressar a dor)
  • Respiração ofegante e batimentos cardíacos acelerados
  • Insônia e cansaço
Cães
  • Aumento da carência (ele quer chamar a atenção para mostrar que está mal)
  • Não levantar a perna para urinar



Gatos

  • Redução dos hábitos de auto-higiene
  • Aumento do isolamento
(Fonte: Karina Yazbek, veterinária certificada pela Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED); Denise Fantoni e Patrícia Flôr, também veterinárias.)

Fonte: Revista Veja

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