Cão e dono fumante tiveram câncer associado ao fumo.
O papagaio Frederico vive há 17 anos na casa de Leide, entre duas pessoas que fumam. “Eu comecei a observar que ele estava espirrando muito e logo já surgiu esse carocinho e sai uma secreçãozinha, tipo como se você estivesse resfriada, aquela coriza branca”, diz Leide.
O veterinário que examinou o animal concluiu que é como se o papagaio tivesse fumado durante a vida toda, três cigarros por dia: “Os mesmos sintomas e agressões que a fumaça pode provocar na gente também provoca no animal”, diz.
Os bichos de estimação formam um surpreendente grupo de fumantes passivos. No hospital veterinário de Uberaba, a história de um cachorro chamou atenção. O dono dele tinha um câncer atribuído ao fumo.
“O cachorrinho era muito apegado ao dono, ficava no colo, nos pés, e era aquele fumante que realmente está fumando a todo momento. Então o cão era um fumante passivo exemplar”, explica a veterinária Patrícia Kely Brettas. Ele morreu de câncer no pulmão.
Na casa de dona Leide, a vida continua. O papagaio deve passar por cirurgia para a retirada de nódulos. Por enquanto, é tratado com remédios e já mudou a rotina da família.
“A gente está tomando as precauções, evitando de fumar na área quando ele está na área, não fuma lá, fuma em outro lugar. E ele já teve uma melhora muito boa. Parou de espirrar. A gente tá vendo que já teve sucesso, né?”, conta Leide.
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